Afinal, o que é comportamento? (parte 2)

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Continuando os posts sobre Porquê nos comportamos, vamos falar sobre comportamento reflexo ou comportamento respondente. Este comportamento tem uma importância enorme para todas as pessoas, diversos comportamentos são reflexos, na verdade ocorre o tempo todo, o comportamento reflexo e o operante.

No comportamento respondente um estímulo provoca um comportamento, a pessoa não tem a opção, diante do estímulo X a pessoa emite o comportamento e ponto.

Podemos citar como exemplo a dilatação da pupila com a alteração na luminosidade do ambiente.

Um dia de sol, céu azul, a pessoa está no quintal e entra para casa que estava fechada, ao entrar ele fica alguns segundos sem enxergar direito, passado uns 10 a 15 segundos ela começa a enxergar melhor.
o que ocorre nesse exemplo é que, com a diminuição da luminosidade, a pupila dele teve que dilatar para conseguir enxergar normalmente.
este comportamento é reflexo porque sempre irá acontecer diante da alteração na luminosidade do ambiente.

Só que existe algo muito interessante e importante que é o condicionamento respondente. Neste caso a pessoa aprende a emitir o comportamento para algo que antes não o provocava. Isso Foi descoberto pelo Fisiologista Russo Ivan Pavlov, ele apresentava carne para cachorros e eles automaticamente salivavam, então ele passou a apresentar junto com a carne o som de um sino, então, com o tempo só em tocar o sino os cachorros passaram a salivar.

Esse processo acontece o tempo todo com a gente, por exemplo, tem pessoas que só em pensarmos nela nos sentimos bem, já têm pessoas que só em ouvirmos falar nela acaba com o dia, isso é porque estas pessoas foram pareadas (apareceram juntas) com estímulos reforçadores e aversivos respectivamente.

Um belo exemplo que podemos observar isto muito claramente é aquele onde a pessoa acorda “azeda” tudo incomoda, sai dando “coice” para cima de todos. Provavelmente o que está ocorrendo neste caso é que alguma coisa no ambiente, pode ser a temperatura do dia, o período do ano que é o mesmo de quando aconteceu alguma coisa aversiva e agora eles estão provocando os mesmos comportamentos aversivos. Eu por exemplo sempre no período de outubro e novembro sou inundado por uma sensação muito boa, por coisas que vivi a anos atrás. 

Porém, já possuo uma que não é “boa”. Uma vez eu bebi um suco de goiaba, e um pouco depois passei mal. Desde então eu nunca mais bebi suco de goiaba, isso já deve ter mais d 10 anos. E não só bebe, mas até o cheiro do suco me incomoda. Leia o post Fobia de algum animal ou inseto? como acontece e como tratar, lá falo mais sobre esse tema.

E este ponto é muito importante, pois ocorre muito no dia a dia, coisas e pessoas são o tempo todo pareadas com estímulos reforçadores e/ou aversivos, e eles se tornam reforçadores ou aversivos também.

E neste ponto temos que parar e refletir um pouco. O que temos sido para as pessoas próximas a gente? uma pessoa que só a presença faz o ambiente ficar leve, gostoso, agradável, ou aquela pessoa que as outras tentam evitar de está próxima?

Se você em seus relacionamentos é aquela pessoa que vive brigando, vive chamando a atenção, recriminando a opinião, buscando vantagens para si, provavelmente você se tornará uma pessoa que é conhecida como desagradável.

Agora, se você é uma pessoa compreensiva, que se coloca no lugar do outro, que entende que falhas acontecem, que acolhe em momentos difíceis, com certeza será aquela pessoa que os outros querem está na presença.

Mas, por fim, eu não vou falar que a escolha é sua, se você se identificou com o primeiro exemplo, da pessoa desagradável, e quer melhorar seus relacionamentos, procure ajuda profissional e qualificada, o comportamento é passível de mudança. não se apegue aquela famosa frase pronta, “eu sou assim, nasci assim e vou morrer assim”, não, seja agente da sua vida, procure ajuda e seja uma pessoa em constante mudança, sempre buscando alcançar relações cada vez melhores.

Vou deixar uma bela indicação de livro sobre o tema, um livro contagiante, a cada página lida, você quer ler mais. Se chama Princípios Básicos de Análise do Comportamento. Autores Carlos Augusto de Medeiros e Márcio Borges Moreira. Link do livro abaixo para quem está no celular, e na lateral direita para quem está no computador.

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Sugestão de leitura!

3 comentários em “Afinal, o que é comportamento? (parte 2)”

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