Fobia de algum animal ou inseto? Como acontece e como tratar

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Muitas pessoas possuem um pavor tão grande de algum animal que só em ouvir falar o nome dele já começa a suar, acelera os batimentos cardíacos, fica com falta de ar. Eu conheci uma pessoa que tinha isso com galinhas, e outra com cobras. A primeira o medo de galinhas era tão grande que se ela visse uma galinha, largava tudo que estava fazendo e saia correndo para longe, já a segunda, paralisa podendo até desmaiar ao ver uma cobra. Tem pessoas que possuem pânico de cachorros, de insetos como baratas e outras de agulhas de injeção. Enfim, mas será que como isso ocorre, como começa, como chega ao nível de até o nome produzir comportamentos de fuga. Vamos entender esses pontos, e analisar ações para melhorar esse comportamento.

Esse medo descontrolado, exacerbado, desproporcional é denominado como fobia pela OMS, 1993 (Organização Mundial de Saúde).

O comportamento ele é respondente ou operante (para entender melhor leia o poste Por que me comporto assim? Lá você entendera claramente o que é comportamento) mas resumidamente, comportamento respondente é aquele que diante de um estímulo você se comporta, ponto, já o operante é aquele que pode ocorrer ou não a depender de suas consequências.

Dito isto, um dos motivos para a ocorrência destes comportamentos é que em algum momento da vida destas pessoas estes animais apareceram juntos com algum estímulo que provocou medo na pessoa, e então ele passou a provocar medo também, chamamos isso de condicionamento respondente na análise do comportamento. por exemplo, uma criança está em um ambiente escuro, então ela escuta um barulho estridente, e se assusta, outro dia acontece outra coisa no escuro que ela se assusta, e devido ao escuro está junto com as coisas que provocaram medo, ela passa a ter medo do escuro.

É isso que basicamente ocorre na fobia, um estímulo, no primeiro exemplo as galinhas, eliciam respostas como sudorese, aumento dos batimentos cardíacos e são discriminativos para fuga, ou seja afastar-se dos estímulos aversivos.

Kraft, 1975 (apud Todorov 1985) realizou uma pesquisa com uma mulher que possui muito medo de cachorros. Esse medo veio por aos 5 anos de idade ela ter sido mordida na cabeça por um cachorro Alsaciano (cachorro de grande porte). A partir da avaliação, eles hierarquizaram em 25 etapas a generalização da fobia desta mulher. Onde as primeiras etapas estavam as de menor medo e as últimas as de maior medo. A primeira etapa era observar uma fotografia de cachorro em um livro para crianças, já a última etapa era observar cachorros na rua brigando.

Através de um procedimento respondente, chamado de dessensibilização sistemática, foram apresentadas as etapas de uma a uma, fazendo com que aquele estímulo apresentado não mais eliciasse respostas de fuga. Vale ressaltar que a cada etapa vencida as seguintes têm sua aversividade diminuída, ou seja, depois de passar pela primeira etapa, as demais passam a produzir menos medo e pavor, e assim sucessivamente.

A técnica de dessensibilização é muito utilizada para tratamentos de fobias. Porém, cada caso precisa ser avaliado por um profissional qualificado que observará quais serão as etapas, se utilizará outro ou outros procedimentos simultâneos.

Espero ter contribuído para que vocês tenham entendido como acontece a fobia, e se ela está sendo prejudicial em sua vida social, trabalho, acadêmica, familiar, enfim, o melhor a se fazer é procurar um bom Profissional, ele saberá te ajudar.

Deixe nos comentários se você possui alguma fobia, conhece alguém que tenha, se já fez terapia, conte-nos como foi.

Referências

TODOROV, L. C. O conceito de contingência tríplice na análise do comportamento. Psicol., Teori., Pesqui., Brasília V.1 N.1 p.75-88 Jan.-Abr. 1985.

5 comentários em “Fobia de algum animal ou inseto? Como acontece e como tratar”

  1. Silvia Regina Macedo Rosa

    O medo de bichos ,trás uma insegurança incontrolável sobre o consciente e muitas das vezes ,levando-o para o subconsciente .Assim,precisando de ajuda de uma terapia.

  2. Pingback: Afinal, o que é comportamento? (parte 2) – VCBevidências

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